Recentemente pesquisadores de Boston fizeram um estudo em massa e cálculos complexos para saber mais sobre o que os profissionais estão realmente fazendo na prática clínica. Neste estudo, os pesquisadores analisaram dados norte-americanos expressivos, obtidos através de questionários nacionais de atendimento médico, hospitalar e ambulatorial. Através destes dados, foram listados mais de 23.000 visitas aos profissionais de saúde relacionadas a problemas na coluna entre os anos de 1999 e 2010. Um pouco mais da metade dos pacientes eram mulheres e a faixa etária média ficou entre 49 a 53 anos. Consultas de pessoas que possuíam comprometimento do nervo, febre ou câncer não foram incluídas nesta análise. Os pesquisadores estavam interessados no uso de diagnósticos por imagem, analgésicos narcóticos, encaminhamentos para especialistas e fisioterapeutas e o uso de AINEs (anti-inflamatórios não esteroides), bem como paracetamol.

Alguns dos achados foram:

  • Entre os anos de 1999 e 2000, o uso de AINEs e paracetamol diminuiu quase 37%. Ao mesmo tempo, o uso de analgésicos narcóticos, que podem causar dependência, aumentou.
  • Encaminhamento a especialistas dobraram; encaminhamentos a fisioterapeutas permaneceram iguais.
  • O número de raios-x simples ficou igual, mas o número de tomografias computadorizadas e de ressonâncias magnéticas aumentou 5.1%.

Estes resultados não mudaram muito mesmo quando os analistas fragmentaram a informação em: tratamento de longo prazo vs. tratamento de curto prazo, tipo de médico e dados demográficos dos pacientes.

O principal pesquisador Dr. John Mafi, da Escola de Medicina de Harvard comenta: “Os custos do tratamento para a dor nas costas frequentemente incluem o uso excessivo de tratamentos incompatíveis com as diretrizes clínicas. Com o aumento crescente dos custos da saúde, melhoras no tratamento da dor nas costas representam uma área em potencial de economia para o sistema de saúde e podem ao mesmo tempo melhorar a qualidade do atendimento”.

Tratamentos como a radiofrequência percutânea e a neuroestimulação medular tem sido uma tendência, oferecendo bons resultados no gerenciamento da dor e contensão de gastos com intervenções mais onerosas e de maior risco, elevando as despesas médicas do paciente. O número crescente de indicações ao especialista em tratamento da dor e ao especialista em coluna vertebral indica que a precisão na identificação da causas da dor e a indicação do tratamento adequado são uma preocupação constante, visto que no período analisado as indicações ao especialista mais do que dobraram.

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