Mapa

A distribuição de médicos em São Paulo apresenta desigualdades entre as cidades-sede da maioria das 17 regiões administrativas do Estado e os demais municípios, de acordo com o estudo Demografia Médica do Estado de São Paulo, lançado no dia 14 de dezembro, na sede do Cremesp. A pesquisa é um suplemento da Demografia Médica no Brasil, realizada pelo Cremesp, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e que traçou um perfil dos 371.788 médicos ativos à época no país.

O levantamento, agora focado nos 106.536 médicos (dados de novembro de 2011)  que atuam no território paulista, chama a atenção para as diferenças na sua distribuição, já verificadas no estudo Demografia Médica no Brasil. Corrobora, ainda, o aumento expressivo de médicos, comparado ao crescimento da população, e maior entrada do que saída de profissionais no mercado de trabalho, além de um perfil jovem e cada vez mais feminino da medicina paulista.

“As desigualdades na distribuição de médicos é resultado da má distribuição de renda no país. O que precisamos é de políticas públicas para a fixação de médicos em regiões carentes”, destaca presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior. Ele ressalta também que o trabalho de pesquisa tem subsídios para qualificar o atual debate sobre a abertura de novos cursos de Medicina, supostamente criados para suprir uma necessidade de médicos em áreas desassistidas.

“Não adianta formar médicos sem qualidade, isso se torna um novo problema”, concorda o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, que prestigiou o lançamento. Estiveram presentes também o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhaes; o presidente da Academia de Medicina de São Paulo, Guido Palomba; do diretor de Comunicação do Conselho Federal de Medicina (CFM), Desiré Callegari; entre outras autoridades.

Algumas conclusões
São Paulo assistiu a um aumento da população de médicos maior que o da população em geral, maior entrada do que saída de profissionais do mercado de trabalho, além de um perfil jovem e cada vez mais feminino da profissão.

Esse crescimento exponencial, e as escolas médicas que já chegavam a 36 em julho de 2012, não foram suficientes para reduzir os vazios de profissionais no Estado. Ao contrário, esses fatores contribuíram para aumentar as concentrações de médicos em torno da capital e dos grandes polos.

Embora São Paulo seja o estado menos desigual da Federação, internamente, a Regional mais bem servida por profissionais (Ribeirão Preto) tem uma razão médico-habitante 4,23 vezes maior que a última do ranking, que é Registro (ver mapa abaixo).
O estudo mostra que nos últimos 50 anos não tem havido um movimento de interiorização de médicos no território paulista, mas uma concentração em torno das principais cidades.

A concentração de médicos especialistas em São Paulo segue a dos médicos em geral. Ou seja, onde supostamente faltam médicos, também faltam especialistas. As quatro especialidades com mais médicos reúnem 34,47% dos especialistas: Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral e Clínica Médica, com presença marcante de jovens e de mulheres entre esses especialistas.

Atlas regional (foto)
Além de trazer um censo atualizado das especialidades médicas, outro destaque do estudo é um Atlas inédito, com dados sobre o grupo de médicos de cada um dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRSs) do Estado. Identificados pelo município-sede, os levantamentos detalham o número de profissionais que residem na região, a razão médico-habitante e sua representatividade no conjunto do Estado. O Atlas traça também um perfil do médico por DRS, percentual de homens e mulheres, idade média dos profissionais e o tempo de formado. Revela, ainda, se oriundos de faculdade pública ou privada, número de especialistas e generalistas, e o percentual de cada grupo em relação ao Estado, entre outros.

Conheça mais detalhes sobre o estudo Demografia Médica no Estado de São Paulo,
clicando AQUI.

Fonte: CREMESP – http://www.cremesp.com.br/?siteAcao=Jornal&id=1674

Maximplant